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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Espécies que desafiam os séculos

A descoberta do animal mais velho do mundo pode ajudar a ciência a entender a longevidade.

Divulgação BBC

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Este molusco viveu 410 anos

Quando ele era jovem...

- Miguel de Cervantes publicou Dom Quixote, os holandeses invadiram o Nordeste brasileiro, os ingleses estabeleceram sua primeira colônia na América do Norte.

Uma das grandes ambições do ser humano é encontrar meios de prolongar a vida. Não é à toa que o mito da imortalidade, em matizes diversos, permeia todas as religiões. A aspiração à vida longa aguça-se ainda mais diante da constatação de que várias espécies, da flora e da fauna, são capazes de viver por vários séculos. A descoberta de um grupo de cientistas da Universidade Bangor, do País de Gales, divulgada na semana passada, pode trazer novas pistas para explicar os segredos da longevidade. Eles encontraram no fundo do Atlântico Norte, próximo à costa da Islândia, o animal mais velho de que se tem notícia: uma concha do tipo Quahog, com mais de 400 anos. A idade do molusco foi determinada com base na contagem dos anéis de crescimento que se formam na concha periodicamente. Para se ter uma idéia de quanto o molusco viveu, basta pensar que, quando ele veio ao mundo, William Shakespeare escrevia suas obras mais famosas, como Otelo e Macbeth, e o Brasil havia sido descoberto apenas 100 anos antes. Afinal, por que existe uma diferença tão grande entre o tempo de vida das espécies? Porque cada uma envelhece a um ritmo próprio.

 

 Este jequitibá-rosa do Parque Estadual de Vassununga, em São Paulo, é considerado a árvore mais antiga do Brasil.  Sua idade é estimada em 3 030 anos

O envelhecimento, segundo a consagrada teoria do pesquisador Leonard Hayflick, elaborada nos anos 60, é um conjunto de processos mecânicos que acontecem dentro e ao redor das células. Um ser vivo permanece saudável enquanto suas células têm o poder de se dividir e, assim, se renovar. A quantidade de vezes que as células podem se dividir é programada geneticamente. Mesmo que um dia a medicina seja capaz de curar todos os males que acometem os seres humanos na velhice, dificilmente alguém conseguiria passar dos 120 anos – esse é considerado o limite biológico de nossa longevidade. Além da influência do fator genético, a longevidade de cada espécie também está relacionada à intensidade com que ela se alimenta e gasta sua energia. Os seres mais primitivos, unicelulares, não envelhecem. Desde que não sofram a interferência de fatores externos, como a falta de alimento, a desidratação ou a ação de predadores, podem viver indefinidamente. Essa característica assegura a sobrevivência de seus genes.

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Harriet, a tartaruga que o naturalista Charles Darwin levou de Galápagos, morreu no ano passado com
175 anos

Fonte: http://veja.abril.com.br/071107/p_134.shtml  (texto adaptado)

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